É indiscutível a intenção pecaminosa do assassino: violar a pureza de Albertina, deflorar sua virgindade. Esse testemunho, ouvido de sua própria boca por colegas de prisão, é fundamental para determinar a exis-tência ou não de verdadeiro mar-tírio. Que Albertina reagiu a essa pro-vocação, é evidente pelo fato de ter-se deixado matar. Se não bastasse este fato, também disto há o testemunho do assassino. Com base nesses dois elementos, já no dia da morte de Albertina começou a formar-se entre o povo a convicção de que Albertina morreu mártir e, por isso, é santa.
Na verdade, não foi só pelo modo como Albertina morreu que o povo pensou assim. Todos também conheciam a educação cristã que ela recebera na família e na catequese. Sabiam de sua maneira de viver, de seu bom comportamento, de sua piedade e caridade. Também é verdade que a fama de martírio cresceu ainda mais quando o povo foi informado do testemunho da parteira. A tudo isso se deve acrescentar que muito cedo começaram a correr relatos de graças alcançadas por intercessão de Albertina.
Por causa da fama de martírio de Albertina e de favores especiais obtidos por sua invocação, muitíssimas pessoas, individualmente ou em grupos, deram início a romarias ao lugar de sua morte e a seu túmulo no cemitério de São Luís. Pode-se afirmar que essa interminável peregrinação nunca foi interrompida, mesmo após 70 anos da sua morte. Disso são testemunhas as flores, as velas, os ex-votos depositados em seu túmulo, especialmente no lugar de seu "martírio". E que dizer dos livros e cadernos que rapidamente se enchem de relatos de graças e de pedidos de proteção? Pelos mesmos motivos são muitíssimas as mulheres que nesta região trazem o nome de "Albertina". Só para exemplificar, na paróquia de Imaruí, de 1932 a 2000 são 226 as pessoas que foram batizadas com esse nome; na paróquia de Vargem do Cedro, de 1933 a 2000 são 48; na paróquia de Armazém, de 1940 a 2000 são 121... Pelas mesmas razões ainda, apesar de o processo de beatificação ter ficado estagnado por cerca de 40 anos, o povo continuou a visitar o lugar onde Albertina foi morta e seu túmulo, a pedir-lhe graças..., como que levando adiante o processo de beatificação por própria conta. Não há, pois, hesitação em afirmar que Albertina deve ser declarada mártir e santa: esta é a crença unânime do povo de Deus que a conhece.
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